O fígado é o maior órgão do corpo humano e desempenha inúmeras funções importantes para a regulação do organismo. No entanto, pode ser acometido por doenças graves, como um câncer. Quando não tratado, pode evoluir para uma metástase hepática.
Neste artigo, explicaremos tudo sobre as causas para essas metástases. Então, se tem interesse no assunto e quer saber mais sobre elas, continue a leitura do artigo.
Entenda o que é uma metástase hepática
Quando falamos de uma metástase, estamos falando de um tumor que se desenvolveu em uma região e se espalhou para outra área do corpo. No caso da hepática, ela surge em outro órgão e alcança o fígado.
Ainda, as metástases hepáticas são um problema frequentemente associado a estágios mais avançados de certos tipos de câncer, como o de pâncreas e o de mama. Além disso, são mais comuns do que os cânceres primários, que se desenvolvem no fígado.
Devido às suas funções, localização e pelo fato de receber sangue de todo o sistema digestivo e também de outras regiões do organismo, o fígado é um dos mais atingidos por metástases, registrando cerca de 3 mil mortes por ano no Brasil.
Como acontece?
As metástases hepáticas podem acontecer por diferentes razões. Geralmente, desenvolvem-se a partir do câncer de cólon ou retal, pois o fornecimento de sangue a partir do intestino está ligado ao fígado através da veia porta.
No entanto, diferente dos tumores primários do fígado que surgem a partir de uma cirrose ou hepatite viral, essas metástases não dependem de uma condição ou de um fator de risco para acontecer.
Além disso, mesmo que o câncer primário seja removido ou tratado, a metástase hepática pode surgir anos depois. Dessa forma, quem já teve o diagnóstico de um tumor maligno precisa manter uma rotina de check-ups e cuidados regulares.
Como a metástase hepática ocorre?
Embora não seja um padrão para todos os casos, o mais comum é que o processo de metástase no fígado siga um processo formado pelas seguintes etapas:
- as células cancerosas se movem, por meio das paredes dos vasos linfáticos e sanguíneos, a partir do sítio principal para um tecido normal nas proximidades;
- por sua vez, as células cancerosas migram pelo sistema linfático e pelo sangue para outras partes do corpo;
- as mesmas células só param de se mover quando chegam a um local distante. Em seguida, percorrem os vasos sanguíneos capilares e invadem os tecidos próximos;
- as células cancerosas crescem nesse local e criam pequenos tumores que, em seguida, estimulam a criação de novos vasos sanguíneos capazes de fornecer nutrientes para o crescimento do novo tumor.
Como funciona o tratamento?
A metástase hepática pode ser tratada de maneira sistêmica, através de quimioterapia, terapia biológica, terapia-alvo e terapia hormonal, cirurgia e radioterapia, ou a partir da combinação dessas terapias.
A decisão pela melhor medida varia de acordo com o tipo de tumor primário, tamanho, localização e quantidade de tumores metastáticos, idade e estado de saúde geral do paciente, tipos de tratamentos pelos quais a pessoa já passou.
Por se tratar de uma metástase, raramente é um quadro passível de cura. Porém, as medidas terapêuticas disponíveis podem aliviar os sintomas e melhorar a qualidade e a expectativa de vida do paciente.
Enfim, com a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre as metástases hepáticas, suas causas e tratamentos. Portanto, como você pode perceber, trata-se de um quadro grave e com alta taxa de mortalidade.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como oncologista em São Paulo!