câncer de colo de útero

Câncer de colo de útero: diagnóstico, sintomas e tratamento

É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres, ficando atrás do câncer de mama. A parte inferior do órgão, chamada de “colo” é a porção exposta no fundo vaginal, por isso essa suscetibilidade.

Tipos de câncer de colo de útero

• Carcinoma Espino Celular (CEC): o CEC é um tumor formado por células escamosas ocasionado, na maioria das situações, pelo vírus HPV;

• Adenocarcinoma: esse tipo de câncer de colo de útero é menos frequente. Os adenocarcinomas se desenvolvem a partir de células glandulares que produzem muco do endocérvice.

Causas do câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero resulta de uma modificação genética de células, que geralmente é associada à ação de alguns tipos de papiloma humano vírus (HPV). Estudos demonstram que mais de 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que, desse total, 32% estão contaminadas com os tipos de HPV causadores do câncer de colo de útero.

Lesões no útero, por vezes provocadas pelo HPV, devem ser tratadas o mais cedo possível: é a partir delas, em consonância com outros fatores de risco, que o câncer pode se desenvolver, anos mais tarde, no colo do útero. Em geral, as lesões são descobertas em exames preventivos, como papanicolau, vulvoscopia e colpscopia.

Fatores de risco da doença

• Iniciação sexual precoce;

• Variedade de parceiros sexuais;

• Doenças Sexualmente Transmissíveis;

• Sistema imunológico enfraquecido;

• Histórico da doença na família;

• Uso da pílula anticoncepcional (acima de 5 anos);

• Tabagismo.

Sintomas do câncer de colo de útero

No estágio inicial, o câncer de colo de útero não apresenta sintomas. A detecção precoce do tumor maligno só ocorre se a mulher tem o hábito de fazer os exames preventivos anualmente. Caso contrário, a doença evolui silenciosamente até surgirem os sintomas:

• Corrimento: o corrimento na vagina com odor e coloração fora do comum é um indicativo de câncer de colo de útero;

• Sangramento: o sangramento vaginal, fora do ciclo menstrual, entre uma menstruação e outra, ou quando a mulher já está na menopausa, é outro sintoma dessa doença. O sangramento pode ocorrer também durante as relações sexuais;

• Dor: o câncer de colo de útero causa dor nas relações sexuais e também na pelve. Podem surgir dores nas costas e pernas;

• Anemia: o sangramento intenso e constante pode levar a um quadro de anemia;

• Outros: é importante lembrar que o câncer de colo de útero também pode causar problemas no sistema urinário e no aparelho intestinal.

Durante um exame de rotina, como o papanicolau, é possível rastrear esse câncer. Outra forma de diagnóstico é a realização de vulvoscopia e colposcopia, incluindo a coleta de material para a biópsia. Ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia são outros exames que podem ser feitos, principalmente quando a doença está em estágio avançado.

Quais são os estágios do câncer de útero?

Os quatro estágios nos quais a doença pode ser descoberta são os seguintes de acordo com a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO)

  • Estágio I: quando o câncer ainda está restrito apenas ao útero;
  • Estágio II: quando o câncer passa a comprometer além do colo uterino, mas ainda sem chegar até a parede óssea da pelve (parametrios )
  • Estágio III: quando o tumor atinge a parede da pelve, trompas e ovários ou o terço inferior da vagina; com ou sem hidronefrose; que é a dilatação dos rins por obstrução.
  • Estágio IV: quando o câncer alcança a bexiga, o reto ou outros órgãos fora da pele “verdadeira”

Há ainda um “estágio 0”, considerado um tipo de “pré-câncer”. Ele é identificado quando as células cancerígenas estão apenas superficialmente no colo do útero. Nesses casos, as chances de cura são altamente promissoras, chamadas de neoplasias intra-epiteliais.

Quais são os tratamentos para cada estágio do câncer de útero?

O principal tratando para a doença é a histerectomia, que significa a retirada cirúrgica total ou parcial do útero. Entretanto, há algumas outras opções, que devem ser avaliadas caso a caso pelo especialista. Confira:

Estágio 0: como ainda não há câncer efetivamente, além da histerectomia simples, o tratamento pode ser feito com cirurgia à laser, criocirurgia ou conização a frio, entre outras metodologias.

Estágio I: se a paciente desejar manter a fertilidade, pode ser realizada uma biópsia em cone para análise de material. Se as bordas do cone não apresentarem células cancerígenas, a paciente só precisará fazer exames periódicos, sem necessidade de mais tratamento. Se houver células cancerígenas, ela pode ser tratada com mais uma biópsia em cone ou com uma traquelectomia radical (que remove o colo do útero e a parte superior da vagina), nos casos mais severos em que o tumor atingiu os vasos sanguíneos ou linfáticos. As mulheres que não desejam manter a fertilidade podem fazer uma histerectomia total e/ou radioterapia da região pélvica.

Estágio II: para manter a fertilidade nesse estágio, só há a opção da traquelectomia radical, com remoção de gânglios linfáticos pélvicos. De outra forma, a paciente pode realizar uma histerectomia radical e radioterapia, interna ou externa, com ou sem acompanhamento de quimioterapia e em casos mais avançados ainda neste estagio quimiorradiação definitiva.

Estágio III: apenas quimioterapia com radioterapia podem ser aplicadas.

Estágio IV: no estágio mais avançado, o câncer já não é mais curável. A combinação de quimioterapia e radioterapia serve para aliviar os sintomas e promover mais qualidade de vida, mas não como um tratamento efetivo.

Nos casos de recidiva no mesmo local, há a opção mais radical de exenteração pélvica, que remove diversos órgãos da região, ou quimioterapia e radioterapia para retardar o avanço do tumor.

As melhores opções de tratamento do câncer de útero dependem de cada paciente, e do estagio de diagnostico e elas deverão ser discutidas com seus médicos designados.Tratamento do câncer de colo de útero

 

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